O nível do Guaíba se manteve quase estável na manhã desta quarta-feira, oscilando entre 5,19 e 5,22 metros, após atingir o pico de 5,27 metros ontem. Embora a estabilização indique um possível recuo nas próximas horas, a MetSul Meteorologia alerta que a cheia na capital gaúcha ainda durará semanas, com alagamentos persistindo até o mês de junho.
Comparando-se as tendências das enchentes de 1941, que durou mais de um mês e foi menos severa, com a atual, a perspectiva é que a cheia do Guaíba perdure ainda por várias semanas. Isso inevitavelmente manterá partes da cidade, especialmente as áreas não protegidas por contenções como diques e o muro da Mauá, sob água por um longo período. O caso das ilhas é particularmente grave, pois é o primeiro local a alagar quando as águas excedem dois metros.
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O Guaíba iniciou uma trajetória de estabilização e, nas próximas horas, deverá começar a recuar. Isso porque o pico da vazão ocorreu ontem, e o vento sul passou a soprar mais fraco. A máxima vazão do Rio Taquari, segundo principal contribuinte do Guaíba, alcança Porto Alegre geralmente 24 a 30 horas após o pico em Lajeado. Como o máximo no vale foi na segunda ao amanhecer, o máximo da vazão do Taquari no delta do Jacuí foi ontem. Há ainda o Rio Jacuí, maior afluente, que segue muito alto em grande parte de sua extensão, mantendo o Guaíba elevado por vários dias.
PERSPECTIVAS FUTURAS:
A MetSul prevê que as inundações em Porto Alegre, embora gradualmente menores, vão persistir ainda por muito tempo, possivelmente se estendendo até o começo de junho. O nível do Guaíba, atualmente em mais de 5,20 metros, representa 3,20 metros acima da cota de cheia e 2,20 metros acima da cota de transbordamento, um valor extremo que não baixará para níveis inferiores aos de transbordamento tão cedo.
FATORES AGRAVANTES:
Adicionalmente, ainda haverá dias com chuva nesta segunda metade do mês, especialmente nesta quinta e sexta-feira. Muitos dias no restante do mês terão vento sul, o que gera represamento e contribui para manter o Guaíba elevado. Além disso, o nível da Lagoa dos Patos está extremamente alto, o que torna o recuo das águas muito mais lento.
Mesmo que o nível do Guaíba caia abaixo da cota de transbordamento no final deste mês ou apenas em junho, áreas da cidade ainda permanecerão alagadas. Será necessário drenar a enorme quantidade de água que invadiu a zona urbana de Porto Alegre, especialmente em áreas como o Quarto Distrito e Sarandi. A Defesa Civil e outras autoridades continuam monitorando a situação e prestando assistência aos afetados, enquanto a população é orientada a seguir as instruções de segurança e evitar áreas de risco.
CORREIO DO POVO |
Com informações atualizadas, a situação das enchentes em Porto Alegre continua crítica, e as autoridades permanecem em alerta máximo para mitigar os impactos e garantir a segurança dos moradores afetados.
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