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PACÍFICO ATINGE PATAMAR DE LA NIÑA, MAS FENÔMENO AINDA NÃO É DECLARADO

 




O Pacífico Equatorial atingiu pela primeira vez neste ano uma anomalia de temperatura da superfície do mar no limite para La Niña, de acordo com dados da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA). A temperatura na região Niño 3.4, considerada crucial para determinar o fenômeno, alcançou -0,5ºC, valor mínimo para a fase fria do oceano.

CONDIÇÕES AINDA NÃO INDICAM LA NIÑA DEFINITIVA

Embora esta seja a primeira vez em 2024 que a anomalia atinge o patamar de La Niña, isso não significa que o fenômeno já tenha começado. Para que um evento de La Niña seja declarado, é necessário que essa condição persista por várias semanas, algo que ainda não ocorreu. No momento, a fase neutra do oceano permanece.

A região Niño 1+2, que abrange as águas próximas ao Peru e Equador, ainda apresenta anomalia positiva de +0,2ºC, mas não é usada oficialmente para a designação do fenômeno La Niña.

PROJEÇÕES DA NOAA PARA A LA NIÑA

Segundo o Centro de Previsão Climática (CPC) da NOAA, as chances de um evento de La Niña se estabelecer nesta primavera são superiores a 80%, com expectativa de que o fenômeno atinja seu pico entre o final de 2024 e o começo de 2025. As probabilidades de La Niña seguem elevadas para os próximos meses:

  • 71% de La Niña entre setembro e novembro;
  • 81% de La Niña de outubro a dezembro;
  • 83% de La Niña de novembro a janeiro de 2025.

O fenômeno tende a enfraquecer entre o final do verão e o outono de 2025.

IMPACTOS DA LA NIÑA NO BRASIL

A La Niña tem impactos significativos no clima global e influencia diretamente o Brasil. No Sul do país, o fenômeno geralmente traz estiagens, aumentando o risco de crises hídricas, como as que ocorreram entre 2020 e 2023. Além disso, há uma tendência de ingresso de massas de ar frio e ondas de calor durante o verão.

Por outro lado, o Norte e Nordeste do Brasil tendem a registrar aumento nas precipitações, o que pode resultar em enchentes e inundações.

Apesar dos impactos regionais, globalmente, o fenômeno está associado a uma leve diminuição nas temperaturas médias do planeta, contrabalanceando o aquecimento global crescente.

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