Na última sexta-feira, o sol desencadeou uma das maiores explosões registradas em anos, desencadeando um fenômeno impressionante que afetou vastas regiões da Terra. Os sensores da NASA captaram a ocorrência monumental às 10h14 pelo horário de Brasília, quando a mancha solar AR3575 entrou em erupção, desencadeando uma cascata de eventos cósmicos.
Esta segunda maior explosão em anos foi acompanhada por uma ejeção de massa coronal (EMC), uma liberação maciça de plasma do campo magnético do sol. Embora essas ejeções sejam fenômenos comuns no sol, esta em particular destacou-se pela sua magnitude e potencial impacto. Felizmente, a Terra escapou dos efeitos mais devastadores, já que a mancha solar responsável pelo evento estava além da borda do sol, evitando uma colisão direta com o nosso planeta.
O físico solar Keith Strong expressou alívio ao observar que a explosão ocorreu em uma posição que não colocava a Terra em seu caminho direto. "Quem sabe quão grande teria sido essa explosão se tivesse acontecido deste lado do sol", ponderou Strong.
No entanto, mesmo sem um impacto direto, a Terra não saiu ilesa. A explosão de classe X enviou uma onda intensa de radiação eletromagnética em direção ao nosso planeta. Esta radiação, viajando à velocidade da luz, atingiu a Terra em pouco mais de oito minutos, ionizando a camada superior da nossa atmosfera e desencadeando extensos apagões de rádio de ondas curtas.
Regiões da América do Sul, África e o Atlântico Sul foram particularmente afetadas pelo forte pulso de raios-X e radiação ultravioleta extrema. Um mapa elaborado pelo SWPC/NOAA mostra claramente as áreas afetadas, destacando os apagões de rádio de ondas curtas nas zonas iluminadas pelo sol no momento da erupção.
As explosões solares são categorizadas por tamanho em grupos de letras, com a classe X sendo a mais poderosa. Seguem-se as classes M, C, B e A, com esta última sendo muito fraca para impactar significativamente a Terra. O evento registrado na sexta-feira alcançou a classe X, deixando claro o seu poder impressionante.
Os efeitos da explosão continuam a ser sentidos neste sábado, com prótons energéticos do sol alcançando a Terra pelo segundo dia consecutivo. Embora seja classificado como um evento de categoria S2, atualmente não representa risco para as pessoas na superfície terrestre.
Apesar dos desafios apresentados por eventos solares como esse, a humanidade tem a capacidade de monitorá-los e se preparar para mitigar seus impactos. A vigilância contínua da atividade solar é essencial para entender e se proteger contra os fenômenos cósmicos que podem afetar nossa vida na Terra.
Fonte: METSUL.
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