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Surto de Gripe Aviária no Rio Grande do Sul: 548 Animais Mortos em Quatro Regiões

 


O governo do Rio Grande do Sul confirmou hoje que o número de animais mortos devido ao surto de gripe aviária na região aumentou para 548. A maioria das vítimas são mamíferos marinhos, incluindo lobos e leões marinhos, mas também foram registradas mortes entre aves silvestres.


Até o momento, não há relatos de contágio da doença entre humanos ou animais de estimação. O governo do estado identificou quatro focos de doença confirmados em diferentes áreas:


 Leões-marinhos em Cassino;

 Leões e lobos marinhos em Santa Vitória do Palmar;

 Leões marinhos em Torres;

 Ave marinha em São José do Norte.


Pesquisadores do Museu Oceanográfico de Rio Grande realizaram um monitoramento aéreo da Praia do Cassino até a Barra do Chuí, percorrendo cerca de 230 km em quatro horas. Durante essa operação, foram encontrados 178 lobos e leões marinhos mortos. Para conter a propagação do vírus, todos os animais precisam ser enterrados.


O governo do estado emitiu um alerta, recomendando que os frequentadores de praias evitem se aproximar de animais mortos ou doentes. Além disso, é aconselhável não levar animais de estimação para a beira da praia, a fim de prevenir a disseminação da doença.


A Ilha dos Lobos, um refúgio natural de animais marinhos em Torres, no Litoral Norte, está sendo monitorada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Nas últimas semanas, houve uma redução de 80% no número de animais na ilha. Biólogos do ICMBio explicam que a diminuição está sendo investigada e não pode ser diretamente atribuída à gripe aviária, embora haja a possibilidade de relação. O trabalho de monitoramento continua para determinar as causas exatas dessa diminuição.


No dia 10 de outubro, biólogos contabilizaram 63 leões e 2 lobos marinhos na Ilha dos Lobos. Nas semanas seguintes, o número desses animais diminuiu, e nenhum animal morto ou com sintomas da doença foi encontrado até o momento, de acordo com a bióloga Helen Borges. O ICMBio continua a investigar o que pode estar causando essa redução drástica na população de animais marinhos na ilha.


Este surto de gripe aviária levanta preocupações significativas sobre o impacto na vida selvagem da região e destaca a necessidade de monitoramento e ações preventivas para proteger a fauna marinha do Rio Grande do Sul.


Fonte: GOVRS, ICMBio

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