O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) demonstra um compromisso firme com a preservação ambiental durante a realização das obras de implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC. Em sua quinta campanha, o Programa de Monitoramento de Fauna - Bioindicadores analisou a totalidade dos 23 pontos indicados no licenciamento ambiental da rodovia, ressaltando a importância do monitoramento ambiental no desenvolvimento de projetos de infraestrutura.
São José dos Ausentes: Uma Região de Relevância Ecológica
Nesta fase das obras, a atenção está voltada para o segmento de São José dos Ausentes, no Rio Grande do Sul, onde se encontra a nascente do rio das Antas, da drenagem do rio Jacuí, e as cabeceiras do rio Pelotas, um dos principais formadores do rio Uruguai. A região de São José dos Ausentes é conhecida por sua relevância ecológica e pela importância da preservação desses recursos hídricos.
O monitoramento é realizado por meio do estudo de macroinvertebrados bentônicos, que são organismos que habitam o fundo de rios, lagos e corpos d'água, aderidos a pedras e folhas ou enterrados no sedimento. Apesar de seu tamanho diminuto, esses organismos são visíveis a olho nu e desempenham um papel fundamental na indicação da qualidade do ambiente.
Entendendo os Bioindicadores
A sensibilidade e/ou tolerância específica de cada grupo de macroinvertebrados bentônicos, que inclui insetos, anelídeos, crustáceos e moluscos, são aspectos cruciais na determinação da qualidade do ambiente amostrado. Após a coleta em campo, as espécies são triadas e identificadas em laboratório, e os resultados são complementados pela checagem de parâmetros da qualidade da água, como turbidez, oxigênio dissolvido e temperatura.
Potenciais Impactos Ambientais
Os potenciais impactos ao ecossistema bentônico associados às obras na rodovia estão relacionados à movimentação de solos e à remoção da vegetação. Além da terraplenagem, ao longo do mês de setembro, a construção da ponte, com função de passagem de fauna, no km 49, e do bueiro celular no km 47,4, continuaram.
A campanha foi precedida por altos volumes de chuva, influenciados pelo fenômeno El Niño, que impactaram negativamente a manutenção dos organismos. No entanto, os resultados revelaram características ecológicas dos Campos de Cima da Serra, que podem ser utilizadas para subsidiar estratégias de conservação e mitigação de impactos ambientais relacionados às obras nessa região.
O DNIT demonstra, mais uma vez, seu compromisso com a responsabilidade ambiental ao monitorar de perto a fauna e flora que cercam as obras da BR-285/RS, garantindo que esses empreendimentos sejam realizados de forma sustentável e com o mínimo impacto possível para o meio ambiente.
Fonte: Gestão ambiental BR285RS/SC
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