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RIO GRANDE DO SUL EM CRISE: ROMPIMENTO DE BARRAGEM, CHEIAS E TEMPESTADES DEIXAM RASTRO DE DESTRUIÇÃO E MORTES



O Rio Grande do Sul enfrenta uma das piores crises climáticas de sua história, com um saldo trágico de 37 mortes confirmadas e 74 pessoas desaparecidas em decorrência dos temporais que atingem o estado. Diferentemente de eventos anteriores, as chuvas intensas desta vez afetam todo o território gaúcho, gerando um impacto devastador.


As autoridades decretaram estado de calamidade pública, medida que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, o estado está apto a solicitar recursos federais para ações de defesa civil, assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.


O governador Eduardo Leite descreveu a situação como "o maior desastre do estado" e comparou a crise a uma "situação de guerra", destacando a necessidade prioritária de salvar vidas.


O rompimento parcial de uma barragem na quinta-feira (02) agravou ainda mais a situação, levando à evacuação de áreas de risco e colocando em alerta máximo diversas regiões. O Rio Taquari ultrapassou os 31 metros, superando os níveis da enchente de 2023.


A situação é especialmente crítica em Porto Alegre, onde o nível do Rio Guaíba já ultrapassou os 4,5 metros, provocando alagamentos em ruas, avenidas e estabelecimentos comerciais. O fechamento das comportas do sistema de proteção contra enchentes foi determinado, mas uma das comportas acabou rompendo devido à força da água.


O estado segue sob alerta de inundação severa, com a população orientada a evitar áreas próximas ao Rio Guaíba e locais de risco. Enquanto isso, equipes de resgate e socorro continuam trabalhando incansavelmente para garantir a segurança dos moradores afetados.


Os temporais são atribuídos a diversos fenômenos climáticos, incluindo correntes intensas de vento, um corredor de umidade vindo da Amazônia e um bloqueio atmosférico causado por ondas de calor, agravados pelas mudanças climáticas. A previsão é de mais chuvas nas próximas 24 horas, o que pode agravar ainda mais a situação.


Diante deste cenário de devastação e desafios, o Rio Grande do Sul busca mobilizar recursos e esforços para enfrentar a crise e reconstruir as áreas atingidas, enquanto a população enfrenta dias difíceis em meio à tragédia.

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