Uma nova ferramenta de origem israelense está revolucionando a detecção de vazamentos de água. Utilizando o apoio de um satélite posicionado a cerca de 700 km do solo, essa tecnologia consegue identificar possíveis vazamentos no subsolo com incrível precisão.
O sistema, em funcionamento há um mês e meio na Região Metropolitana da capital, opera com impressionantes 90% de precisão. Por meio de pulsos eletromagnéticos e um avançado algoritmo, o satélite consegue diferenciar as características da água da chuva e da água fornecida à população. Com isso, consegue detectar vazamentos não visíveis em profundidades de até 3 metros.
De acordo com Fonseca, responsável pelo desenvolvimento da tecnologia, sem a integração do satélite, o processo de identificação levaria cerca de um ano e meio para fornecer resultados precisos.
Os benefícios dessa inovação são evidentes, especialmente no Rio Grande do Sul, estado que apresenta um dos maiores índices de perda de água da região Sul do Brasil. Na Região Metropolitana, por exemplo, cerca de 60% da água potável é perdida antes de chegar às torneiras, índice que está acima da média nacional. Com a nova tecnologia, porém, o reconhecimento do problema é feito em um tempo 85% inferior ao habitual, levando em média apenas três meses para fornecer resultados precisos.
"Agora nós temos uma facilidade de encontrar o problema e ir lá reparar. Com os resultados da análise, foram identificados 700 possíveis vazamentos. É muito assertivo o que o satélite passa para nós e certamente vai contribuir para a eficiência do sistema e reduzir investimentos no futuro", destaca o diretor de operações da Corsan.
Essa inovação promete não apenas reduzir os custos relacionados à perda de água, mas também contribuir significativamente para a preservação desse recurso tão essencial para a vida.
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