Um número sem precedentes de queimadas e incêndios assola a região Norte do Brasil, especialmente o estado de Roraima, resultando em um recorde absoluto de emissões de carbono no mês de fevereiro. Dados do Serviço de Monitoramento Atmosférico Copernicus (CAMS) revelam que as emissões ultrapassaram quatro megatoneladas, marcando o mês como o mais poluente desde pelo menos 2003, não só para Roraima, mas para todo o Brasil.
Outros países da América do Sul, como Venezuela e Bolívia, também enfrentam os maiores níveis de emissão de carbono desde 2003 para o mesmo período. O Sistema de Assimilação de Incêndios Globais (GFAS) da CAMS registrou um aumento significativo no número e na intensidade dos incêndios em toda a América do Sul tropical na segunda metade de fevereiro.
O cientista sênior da CAMS, Mark Parrington, atribui o aumento dos incêndios a condições de seca em muitas partes da América do Sul, contribuindo para um maior risco de incêndios. A fumaça resultante está cobrindo vastas áreas da região, causando aumento da poluição do ar em áreas habitadas.
Na Amazônia brasileira, o número de queimadas em fevereiro atingiu níveis alarmantes, registrando 364% da média histórica até o dia 27, com um total de 2940 focos de calor. Isso representa um aumento drástico em relação ao mesmo período do ano passado e ultrapassa qualquer registro anterior de fevereiro.
Com os incêndios fora de controle e as emissões de carbono atingindo níveis alarmantes, a situação na região Amazônica requer atenção urgente. A preservação deste importante ecossistema, vital para a saúde do planeta, exige medidas imediatas para conter a destruição e combater as causas subjacentes desse desastre ambiental.
O Brasil e seus países vizinhos enfrentam um desafio monumental na proteção da Amazônia e na mitigação das mudanças climáticas. A cooperação internacional e o compromisso com a conservação ambiental são essenciais para enfrentar essa crise e garantir um futuro sustentável para o nosso planeta.
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