Um médico de 63 anos foi preso em flagrante por injúria racial na tarde desta segunda-feira (13) em Morro Reuter, no Rio Grande do Sul. O crime ocorreu em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município, após o médico ter chamado uma enfermeira de 39 anos de "nordestina burra".
De acordo com a Brigada Militar (BM), a enfermeira, natural do Nordeste, estava trabalhando na UBS quando foi chamada pelo médico para uma sala reservada. No local, ele teria proferido a ofensa racista em voz alta, na frente de outros profissionais de saúde. A enfermeira se sentiu ofendida e humilhada com a atitude do médico e acionou a Brigada Militar.
Uma equipe da BM foi até a UBS e constatou a veracidade da denúncia. O médico foi preso em flagrante e encaminhado para a delegacia de polícia de Pronto Atendimento de Campo Bom, onde foi autuado por injúria racial, crime previsto no artigo 140 do Código Penal Brasileiro.
O caso gerou grande repercussão e repúdio nas redes sociais e na comunidade local. Diversas entidades se manifestaram em apoio à enfermeira e cobraram providências das autoridades. O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (CRM-RS) também se manifestou e instaurou um procedimento ético para apurar o caso.
A enfermeira foi amparada por colegas de trabalho e recebeu atendimento psicológico. Ela também deve ser acompanhada por um advogado para dar andamento ao processo judicial contra o médico. A pena para o crime de injúria racial varia de um a três anos de reclusão, além de multa.
O caso reforça a necessidade de medidas de combate à discriminação racial no Brasil. Ações de conscientização e educação são fundamentais para promover o respeito à diversidade e à igualdade racial. É importante que as vítimas de discriminação racial denunciem os casos às autoridades para que os agressores sejam responsabilizados.
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