Porto Alegre e municípios vizinhos da área metropolitana foram atingidos por um temporal típico de verão, que trouxe chuva torrencial e causou alagamentos em vários pontos, além de outros transtornos.
A chuva foi extremamente forte entre 13h30 e 14h30, resultando em alagamentos. Este temporal de chuva intensa foi consequência da combinação de calor e umidade após uma manhã que teve sol e períodos de muitas nuvens.
Imediatamente antes do forte aguaceiro, a temperatura na zona Leste da capital era de 30,7ºC com umidade relativa do ar beirando 70%. Com o calor e a muito elevada umidade, uma nuvem teve um grande desenvolvimento vertical sobre a zona Norte de Porto Alegre, gerando a chuva muito intensa que veio com alguns raios e acompanhada ainda de rajadas de vento. Na zona Norte, as rajadas de vento ficaram entre 50 km/h e 60 km/h.
O que impressionou foi a intensidade da chuva. As taxas instantâneas de precipitação foram altíssimas. Nem no ciclone de junho do ano passado, no maior evento de chuva do ano em curto período em Porto Alegre, choveu tão intensamente em tão curto intervalo na zona Norte da capital.
Foi o que fez com os que os volumes fossem altíssimos em curtíssimo período com marcas de 30 mm a 50 mm em tão-somente meia hora em alguns pontos da zona Norte (eixo da Farrapos ao Aeroporto) e da áreas entre a Carlos Gomes e o shopping Iguatemi, que concentraram os mais altos volumes.
Os volumes de chuva em Porto Alegre até 15h, em pouco mais de uma hora de temporal, somaram 62 mm no Higienópolis, 59 mm nas Três Figueiras, 54 mm no São João, 45 mm na Vila Ipyranga, 37 mm no Jardim Botânico, 34 mm no Partenon e 27 mm na Vila Conceição.
Como a média histórica de chuva de Porto Alegre de janeiro inteiro, pela série 1991-2020 é de 120,7 mm, a precipitação em alguns bairros em apenas 30 a 45 minutos somou praticamente a metade da média mensal do mês todo em alguns pontos da capital.
Com a chuva muito intensa, alagamentos foram registrados em diversos bairros de Porto Alegre. Houve pontos em que a água subiu tanto que invadiu casas e comércios, impedindo a passagem de veículos. As autoridades locais estão trabalhando para minimizar os impactos e auxiliar os afetados.
Fonte: G1, METSUL.
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