Foto: Metsul
Uma área de baixa pressão avançou rapidamente das regiões do Nordeste da Argentina e do Paraguai para o Rio Grande do Sul, agravando a instabilidade no estado gaúcho. Isso resultou em chuvas intensas, uma série de descargas elétricas e até mesmo queda de granizo em diversas áreas. Esse centro de baixa pressão está previsto para se intensificar e se transformar em um ciclone sobre o Oceano Atlântico, a leste da costa gaúcha, em águas abertas.
A intensa atividade atmosférica causou precipitações significativas em todo o estado do Rio Grande do Sul, especialmente nas regiões Central, Oeste e Sul, como previsto pela MetSul Meteorologia. Alguns pontos chegaram a registrar mais de 100 mm de chuva em apenas 12 horas até a manhã desta quarta-feira. Por exemplo, Santa Maria teve 99 mm, Caçapava do Sul 91 mm, Encruzilhada do Sul 84 mm e muitas outras cidades acumularam volumes substanciais.
A cidade de Porto Alegre também enfrentou chuvas pesadas, com alguns bairros registrando mais de 70 mm de precipitação. Além disso, houve episódios de granizo em locais como Santa Maria. O estado também testemunhou uma enorme quantidade de raios, com mais de 232.000 descargas elétricas em 24 horas até a manhã de hoje, com destaque para Alegrete, São Borja, Santiago, Itaqui, São Gabriel, Uruguaiana e Rosário do Sul.
Além das chuvas intensas e dos raios, o sistema meteorológico em questão gerou ventos fortes em algumas áreas, com destaque para uma rajada de 98 km/h em Canela, na Serra Gaúcha. Também vale mencionar que o nível do Guaíba subiu consideravelmente devido às chuvas e ventos.
Em relação à trajetória do ciclone, espera-se que ele se afaste rapidamente do continente em direção ao Oceano Atlântico, sem alcançar a intensidade observada em episódios anteriores em junho e julho. Isso significa que os ventos não devem ser tão intensos quanto nos ciclones anteriores, mas ainda podem causar problemas, especialmente em áreas costeiras e elevadas.
A principal preocupação agora é com as chuvas adicionais, que podem agravar as inundações e os alagamentos devido ao solo já saturado de umidade. O vento moderado ainda representa um risco significativo de quedas de árvores e possíveis cortes de energia elétrica em várias cidades.
Em resumo, o Rio Grande do Sul enfrenta um cenário de intensa atividade atmosférica, com chuvas intensas, raios, ventos fortes e um ciclone em formação no Oceano Atlântico. A população deve permanecer atenta às condições meteorológicas e seguir as orientações das autoridades locais para garantir sua segurança.
Fonte: Metsul, INMET.
0 Comentários